A doença inflamatória intestinal (DII), que inclui a doença de Crohn e a colite ulcerativa, está cada vez mais em evidência. Fatores genéticos, ambientais e a desequilíbrio da microbiota intestinal são apontados como causas principais. Um dado alarmante chama atenção: o consumo de alimentos ultraprocessados pode aumentar em até 3,8 vezes o risco de recidiva da doença, segundo estudo recente.

Diferenças entre colite ulcerativa e doença de Crohn d2346

A colite ulcerativa afeta exclusivamente o cólon e provoca inflamação superficial, geralmente com diarreia com sangue ou muco. Já a doença de Crohn pode atingir qualquer parte do trato digestivo e causar inflamação em todas as camadas da parede intestinal, com dor abdominal e complicações como estenoses e fístulas.

Escalas clínicas de avaliação 381w6r

  • Doença de Crohn: Índice Harvey-Bradshaw (HBI) classifica a atividade como remissão, leve, moderada ou grave.
  • Colite ulcerativa: Escore de Mayo (até 9 pontos) avalia frequência das fezes, sangramento retal e análise clínica.

Biomarcadores e diagnósticos modernos 18p51

A calprotectina fecal continua sendo um dos principais marcadores de inflamação da mucosa. Outros marcadores promissores são:

  • MMP-9: enzima que indica degradação tecidual.
  • NGAL: proteína fecal que auxilia na identificação da atividade inflamatória e achados histológicos.

Cuidados preventivos para pacientes com DII 50h4e

O American College of Gastroenterology recomenda medidas preventivas importantes:

  • Vacinas: covid-19, hepatite A e B, HPV, influenza e pneumonia.
  • Rastreamento de câncer: pele, próstata, colo do útero e colorretal.
  • Monitoramento de osteoporose e níveis de vitamina D.
  • Avaliação psicológica com os testes PHQ-9 e GAD-7 para depressão e ansiedade.

Tratamentos atuais e terapias promissoras 2c503t

A busca pela remissão clínica sem corticoides e pela cicatrização da mucosa intestinal levou a importantes avanços terapêuticos. Entre as opções disponíveis:

  • 5-ASA: eficaz para remissão endoscópica na colite ulcerativa.
  • Metotrexato: usado em casos específicos, principalmente na doença de Crohn.
  • Anti-TNF e inibidores de JAK: utilizados para reduzir sintomas e promover remissão.

Terapias biológicas de nova geração 22328

  • Risanquizumabe: atua na via IL-23, com eficácia em Crohn moderado a grave.
  • Ustequinumabe e guselcumabe: bloqueiam IL-12 e IL-23 para pacientes refratários.
  • Anti-TL1A: como o tulisokibart, atuam em múltiplas vias inflamatórias.
  • Moduladores S1P: ozanimode e etrasimod, este último já aprovado na Europa.

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