Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Madri neste domingo (8) para protestar contra o governo do primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez, acusando-o de corrupção.

Os manifestantes, muitos deles com bandeiras espanholas, reuniram-se na Plaza de España, no centro da capital, e gritaram "Pedro Sánchez, renuncie".

A manifestação foi convocada pelo principal partido de oposição, o Partido Popular (direita), após o vazamento de áudios nos quais uma integrante do Partido Socialista, Leire Díez, é supostamente ouvida liderando uma campanha de difamação contra uma unidade policial que investiga acusações de corrupção envolvendo a esposa, o irmão e o ex-braço direito de Sánchez.

Díez, que acaba de solicitar sua saída do Partido Socialista, rejeitou as acusações e disse aos repórteres na quarta-feira (4) que estava fazendo pesquisa para um livro e não estava trabalhando em nome do partido ou de Sánchez.

O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, acusou o governo de "práticas mafiosas" e afirmou que Pedro Sánchez está "no centro" de vários escândalos de corrupção.

"Este governo manchou tudo, manchou a política, manchou as instituições do Estado, a separação de poderes", disse ele na manifestação, antes de pedir a Pedro Sánchez que "se submeta à democracia" e convoque eleições antecipadas.

O PP estimou que mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação, cujo slogan era 'Máfia ou Democracia'.

O representante do governo central em Madri estimou o comparecimento de 45 mil a 50 mil pessoas.

"A data de validade deste governo já ou há muito tempo", disse Blanca Requejo, uma gerente de loja de 46 anos, à AFP durante a manifestação.