O ministro dos Transportes, Renan Filho, considerou o projeto de municipalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte como o “mais estruturante” de Minas Gerais. O representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da cerimônia que oficializou a municipalização da rodovia na manhã desta terça-feira (3 de junho). Conforme o ministro, o governo federal pretende aplicar R$ 900 milhões em recursos para o estado em 2025.
O governo federal vai destinar R$ 110 milhões para obras de infraestrutura e reconstrução do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Deste total, R$ 50 milhões serão para reconstrução da via, que envolve desde renovação de placas, envelopamentos até recapeamento das vias. Os outros R$ 60 milhões serão usados na construção de dois viadutos, um deles no encontro do Anel com a BR-040 e, outro, no encontro com a Via Expressa.
De acordo com informações da Prefeitura de Belo Horizonte, um trecho de 4,1 quilômetros continuará sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) até que sejam finalizadas as obras de ampliação de capacidade, construção de marginais, restauração e melhorias na BR-381 entre Belo Horizonte e Caeté, conduzidas pelo governo federal.
Em entrevista à imprensa durante o evento de municipalização, o ministro Renan Filho garantiu que as ações já em andamento, como a recuperação do pavimento e da sinalização, serão finalizadas pelo governo federal.
“Nós vamos ar o pavimento praticamente todo renovado, do Anel que está sendo municipalizado. Isso vai permitir que a prefeitura não precise fazer investimento pelos próximos 24, 36 meses, em pavimento. Além disso, nós vamos garantir os dois primeiros viadutos, os mais importantes, o do cruzamento com a BR-040 e o do cruzamento com a Via Expressa.”
Conforme o ministro, Belo Horizonte a por um paradoxo com a municipalização do Anel Rodoviário, considerando que a via é importante para a cidade, mas que, por sua vez, precisa da atuação da istração municipal. Ele lembra que outras capitais pelo Brasil já adotaram projetos semelhantes de municipalização de rodovias.
“Isso já aconteceu no Rio de Janeiro, em São Paulo, isso já aconteceu no Distrito Federal e em Brasília e em outras capitais do país que, pela proximidade, pelo aspecto multidisciplinar da prefeitura, arão a gerir em parceria com o Governo Federal, cofinanciando esse projeto que, certamente, talvez seja hoje o mais estruturante do Estado de Minas Gerais, que o prefeito Álvaro Damião chama de Novo Anel e vai garantir que os investimentos em todas as áreas melhorem a vida das pessoas que trafegam por aqui.”
Renan Filho ainda pontuou que, para 2025, o governo federal deve investir cerca de R$ 900 milhões em Minas Gerais, em outros projetos além do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Conforme o ministro, os recursos para o estado vêm sendo ampliados nos últimos anos.
“Não falta dinheiro, faltava a atitude de alguém assumir a responsabilidade de fazer os projetos, cuidar das licitações e dialogar localmente com essa necessidade”, diz Renan.