Um urologista brasileiro chamou atenção durante o congresso da Associação Americana de Urologia, realizado no último fim de semana em Las Vegas, nos Estados Unidos, ao apresentar uma nova técnica cirúrgica para aumento do diâmetro peniano. O urologista Ubirajara Barroso Jr., professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, é responsável pela técnica denominada Dart-Vag, que promete resultados mais satisfatórios no procedimento.
O Dart-Vag, desenvolvido pelo médico baiano, utiliza tecidos do saco escrotal, especificamente a túnica vaginal, para aumentar a circunferência do pênis. Segundo relatado pelo urologista, o método proporciona um ganho de 2,5 a 3 centímetros no diâmetro, resultado superior aos procedimentos convencionais, que ofereciam aumento de apenas 0,6 centímetro.
A técnica foi criada após a constatação de que pacientes não ficavam satisfeitos com os resultados limitados dos métodos tradicionais. Conforme explicação do criador da cirurgia, o diferencial está no uso da túnica vaginal, tecido mais espesso e melhor vascularizado em comparação ao músculo dartos, utilizado nas abordagens anteriores.
Durante a cirurgia, que dura cerca de duas horas e meia, o médico estica a túnica vaginal e cria retalhos mantendo sua conexão original com a região testicular, preservando os vasos sanguíneos. Após remover o epitélio, o tecido é aplicado como revestimento peniano.
O procedimento é indicado principalmente para homens com pênis considerados muito finos, com diâmetro inferior a 7 ou 8 centímetros, abaixo da média populacional estimada em 9,5 centímetros. A técnica não é recomendada para pessoas com medidas dentro da média, pois não se justifica realizar uma cirurgia complexa apenas por questões estéticas quando as medidas estão nos parâmetros normais.
Além dos casos de pênis fino, a Dart-Vag pode beneficiar pacientes com doença de Peyronie, caracterizada por fibrose e calcificação que causam afinamento peniano. Pacientes com disfunção erétil, que frequentemente apresentam redução do volume peniano ao longo do tempo, e casos de pênis embutido também são candidatos ao procedimento.
O estudo clínico da técnica, aprovado pelo Comitê de Ética da UFBA, já conta com 30 pacientes operados. Dez casos foram apresentados durante o congresso em Las Vegas. Participantes relataram melhora na imagem corporal e na vida sexual após o procedimento, conforme dados coletados no acompanhamento formal de seis meses.
Os pesquisadores escolheram este período de acompanhamento porque avaliações anteriores poderiam ser afetadas pelo inchaço pós-operatório. Os primeiros resultados indicam efeitos duradouros da cirurgia. A equipe planeja aumentar o número de casos estudados e estender o tempo de monitoramento, aproveitando que alguns pacientes operados há cerca de dois anos continuam sendo acompanhados informalmente.
Como alternativa não cirúrgica, existe a aplicação de ácido hialurônico, que oferece aumento limitado e temporário, com duração de aproximadamente dois anos. Esta opção tem restrições: o produto é aplicado apenas no dorso do pênis para evitar riscos à uretra, resultando em aparência não uniforme, além de proporcionar ganho dimensional inferior ao obtido com a técnica Dart-Vag.