O ex-Wide Receiver da NFL, Antonio Brown, está enfrentando uma acusação de tentativa de homicídio com uso de arma de fogo. A denúncia está detalhada em um mandado judicial, publicado pelo jornal The Washington Post, que traz todo o caso detalhado. A acusação está relacionada a um tiroteio ocorrido durante um evento de boxe entre celebridades, realizado em Miami, no mês ado, onde o ex-atleta se envolveu em uma discussão com diversos homens e foi visto efetuando disparos em meio ao público.

A confusão aconteceu em um evento promovido pelo influenciador digital Adin Ross, no último mês. No fim da luta, Antonio Brown se envolveu em uma discussão, golpeando pessoas envolvidas. Em seguida, foi possível ver o ex-jogador da NFL retirando uma arma de fogo da cintura, se direcionando para um túnel e atirando contra dois homens. As imagens foram amplamente compartilhadas nas redes sociais.

Antonio Brown chegou a ser detido pela polícia no local, mas foi liberado após algumas horas. No dia seguinte, o ex-atleta da NFL publicou em sua conta na rede social X/Twitter que foi vítima de uma tentativa de roubo das joias que estava utilizando.

- Fui atacado por várias pessoas que tentaram roubar minhas joias e me agredir fisicamente. Ao contrário do que alguns vídeos sugerem, a polícia apenas me deteve temporariamente para ouvir meu lado da história e, após isso, fui liberado. FUI PARA CASA NAQUELA NOITE E NÃO FUI PRESO. Agora estou conversando com meus advogados sobre a possibilidade de processar quem me atacou. - escreveu o ex-jogador da NFL.

Apesar disso, o mandado de prisão afirma que testemunhas indicaram Antonio Brown como o autor dos disparos. Duas cápsulas de bala foram encontradas no local do evento. Embora o ex-WR da NFL não estivesse armado no momento em que foi detido, a suposta vítima contou à polícia que Brown correu em sua direção com uma arma e atirou duas vezes, depois que a briga já havia sido encerrada.

O homem envolvido na briga afirmou conhecer Antonio Brown desde 2022 e o identificou em imagens de câmeras de segurança. A polícia de Miami foi questionada sobre o mandado, mas um porta-voz se recusou a comentar, alegando que o caso ainda está em investigação. Ainda segundo a polícia, Brown não se entregou nem foi preso até o momento. O mandado também determina que ele pague uma fiança de 10 mil dólares e permaneça em prisão domiciliar até o julgamento.

Esse é mais um episódio de uma longa sequência de polêmicas envolvendo Antonio Brown desde que sua carreira na NFL chegou ao fim de forma conturbada. Ele foi destaque por nove temporadas no Pittsburgh Steelers e chegou a ser cotado para o Hall da Fama. Em 2019, foi trocado para o Las Vegas Raiders, mas acabou dispensado antes mesmo de entrar em campo. Na época, machucou os pés ao entrar descalço em uma câmara de crioterapia, se recusou a usar o capacete fornecido pela equipe e ainda divulgou publicamente uma gravação com o então técnico Jon Gruden. Na sequência, assinou com o New England Patriots, onde jogou apenas uma partida e foi novamente cortado após ser processado por uma ex-treinadora que o acusou de agressão sexual.

Em 2020, Brown se declarou culpado em um caso de invasão e agressão envolvendo uma empresa de mudanças em frente à sua casa. Não chegou a ser preso, mas recebeu dois anos de liberdade condicional e teve que prestar 100 horas de serviços comunitários. Seu último capítulo na NFL foi pelo Tampa Bay Buccaneers, time com o qual venceu o Super Bowl em 2021. Pouco tempo depois, abandonou o campo durante uma partida, encerrando ali sua agem pela equipe.