Site de anúncios de acompanhantes do Brasil, a Fatal Model anunciou nesta segunda-feira (9) que vai patrocinar um clube tradicional brasileiro. O portal vai estampar sua marca na camisa do futsal do Paraná Clube até o final de 2025.

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De acordo com o Tricolor, esse é o maior patrocínio da história do clube na modalidade. Além de estampar a logo nas camisas, a Fatal Model também será divulgada nas redes sociais, em placas de publicidade e no ginásio da sede social da Kennedy.

Vale destacar, entretanto, que o projeto do futsal paranista não é comandado pelo clube e foi reativado em 2023. A gestão é terceirizada pela Associação dos Amigos do Futsal (AAF).

A ideia principal é retomar a formação do ado e revelar atletas do futsal para o campo do Paraná. O clube já teve nomes como os meias Ricardinho, Tcheco e Lúcio Flávio, ex-jogadores que fizeram essa transição, e tiveram sucesso nos gramados. Além do profissional, a modalidade no Tricolor conta com as categorias de base.

Nesta temporada, o Paraná disputa a Série Prata do Paranaense e o Campeonato Brasileiro de Futsal. No primeiro, a equipe é a segunda colocada, com 26 pontos em 13 jogos, e classificada antecipadamente para o mata-mata. No torneio nacional, o Tricolor é o terceiro colocado do grupo B, com cinco pontos em nove partidas, e também está na zona de classificação.

Na quarta-feira (11), o Tricolor recebe o Sorriso Futsal, às 20h15, no ginásio do Tarumã, pelo Brasileirão, no primeiro jogo nacional em casa por uma competição oficial.

Fatal Model Paraná Clube
Fatal Model é a nova patrocinadora do futsal do Paraná Clube. Foto: Divulgação/Paraná

Se no futsal, o Paraná começa a colher frutos, no futebol a história tem sido diferente. Neste ano, o Tricolor voltou a ser rebaixado para a Segundona do Paranaense - a segunda vez em quatro anos e a terceira nas últimas 14 temporadas.

Nos bastidores, o clube vive incerteza para o futuro. Sem calendário nacional, o Paraná terá apenas a Divisão de o do estadual como competição em 2026.

Nas finanças, o Paraná registrou um prejuízo de R$ 8,4 milhões no ano ado e aumentou a dívida para R$ 171,6 milhões. Como urgência, a diretoria precisa arrecadar R$ 20 milhões para pagar a primeira parcela da Recuperação Judicial (RJ), em agosto.

A solução interna é conseguir algum investidor para a Sociedade Anômima do Futebol (SAF), mas até agora nenhuma negociação avançou.

Em crise no futebol, Paraná Clube aposta em outros esportes

Além do futsal, o Paraná Clube tem equipes de futevôlei e futebol americano. O objetivo é manter a torcida ativa em uma fase (longa) de crise no futebol.

O futevôlei é uma parceira com o Copacabana Sports, centro de treinamento no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. Já no futebol americano, o Tricolor se juntou com o Guardian Saints, uma das principais equipes paranaenses na modalidade.

Fatal Model quis naming rights da Arena da Baixada

Na semana ada, o site fez uma proposta de R$ 250 milhões para ter o nome vinculado ao estádio do Athletico. A oferta era para 2025 a 2040, com possível aumento por bônus.

Assim, o Furacão receberia R$ 16,6 milhões anuais por 15 temporadas e entraria no top-3 do país. A diretoria atleticana, contudo, reprovou a atitude da Fatal Model e disse que tomará medidas judiciais.

O interesse da empresa aconteceu após o Athletico suspender o contrato com a Ligga Telecom por atraso no pagamento. A empresa de energia deve cerca de R$ 50 milhões ao clube paranaense.

Em julho de 2023, a Ligga e o Furacão am um contrato de 15 anos, no valor de R$ 200 milhões - R$ 13,3 milhões por temporada, o sexto maior do Brasil. O caso deve parar na Justiça.

Fatal Model no futebol brasileiro

A Fatal Model patrocinou mais de 15 times no Brasil e, atualmente, está presente no Vitória, Paysandu, Vila Nova, CRB e CSA. A empresa também foi estampada em jogos das seleções brasileira de futebol e futsal, além de já ter marcado presença em edições do Brasileirão.

Com 70 mil acompanhantes cadastrados, a Fatal Model faturou R$100 milhões em 2024 e projeta aumentar para R$150 milhões neste ano.

Em 2024, a empresa chegou a negociar a compra dos naming rights do Barradão, do Vitória, em um negócio de R$ 100 milhões por 10 anos. A Fatal Model desistiu, mesmo com a aprovação dos sócios em assembleia, pela "resistência por parte da imprensa em mencionar o novo nome".