Presidente da Fifa, Gianni Infantino tem grandes expectativas para o Mundial de Clubes, que tem início no próximo sábado (14). Para o comandante da entidade, a realização da primeira edição do torneio em novo formato marca o início de uma "nova era" no futebol, assim como foi a primeira Copa do Mundo de seleções, em 1930.

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— É o início uma nova era no futebol, uma nova era no futebol de clubes. Um pouco como quando, em 1930, a primeira Copa do Mundo começou. Todo mundo hoje fala sobre a primeira Copa do Mundo. É por isso também que esta Copa do Mundo (de clubes) aqui é histórica — declarou o dirigente em entrevista à agência de notícias "AFP".

Segundo Infantino, o novo Mundial de Clubes é uma forma de tornar o esporte mais inclusivo e globalizado. Ele ainda afirma que, apesar de ser a modalidade mais popular do mundo, o futebol de elite está concentrado em poucos países.

— Queremos ser inclusivos. Queremos dar oportunidades a clubes de todo o mundo. O objetivo é globalizar verdadeiramente o futebol, torná-lo global de verdade. Porque, quando você olha superficialmente, dizemos que é o esporte número um do mundo. E é, mas a elite está muito concentrada em pouquíssimos clubes, em pouquíssimos países — afirmou o presidente da Fifa.

O suíço diz, ainda, que o torneio de clubes dá a chance à atletas e países que nunca tiveram a chance de disputar uma Copa do Mundo quebrarem a barreira.

— Países que nunca teriam a chance de jogar uma Copa do Mundo de repente fazem parte de uma Copa do Mundo e se sentem parte dela, os torcedores desses jogadores e desses clubes. Um grande amigo meu é George Weah. Antiga lenda, grande jogador, vencedor da Bola de Ouro, o único jogador africano
que já ganhou a Bola de Ouro, aliás. Ele nunca jogou em uma Copa do Mundo. Ele estaria jogando em uma Copa do Mundo de Clubes e deixaria não apenas seu time, mas também seu país orgulhoso — disse Infantino.

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Popularidade do Mundial de Clubes

Gianni Infantino acredita que o Mundial de Clubes é "algo especial". Questionado sobre a desconfiança de equipes e críticas ao calendário inchado, o presidente da Fifa afirma que tudo será esquecido quando o torneio se iniciar.

— Eu acredito, estou convencido de que, assim que a bola começar a rolar, o mundo inteiro vai perceber o que está acontecendo aqui. É algo especial — disparou o dirigente.

Sobre o preço dos ingressos, Infantino descredibilizou críticas e disse acreditar que os estádios estarão cheios. Apenas 20 mil entradas foram adquiridas para a abertura da competição, no Hard Rock Stadium, no duelo entre Al Ahly e Inter Miami; o estádio tem capacidade para 65 mil pessoas, e a Fifa diminuiu o valor dos tíquetes por baixa procura.

— Sou uma pessoa positiva em geral, mas eles criticam a Fifa se os preços estiverem muito altos, criticam a Fifa se os preços estiverem muito baixos. Eles criticam a Fifa se fizermos promoções de ingressos com estudantes. Estudantes! Quer dizer, quando eu era estudante e não tinha dinheiro, eu adoraria que a Fifa viesse até mim e dissesse: "Você quer vir assistir a uma partida da Copa do Mundo?". Não queremos ver estádios vazios. Acredito que os estádios estarão bem cheios — rebateu o presidente.

Aqueles que não conseguirem assistir às partidas do Mundial nos estádios terão a oção de acompanhar o torneio por meio do streaming DAZN, que transmitirá todos os jogos de forma gratuita, em acordo de 1 bilhão de dólares (R$ 5,54 bilhões) com a Fifa. Infantino destacou a venda de direitos de TV e disse estar positivo com o sucesso da competição.

— Em termos de inclusão, em termos de economia, em termos de interesse dos torcedores, você considera todos esses critérios. Conversaremos novamente no final do Mundial de Clubes, mas agora, eu (me sinto positivo), quando olho para o número de ingressos vendidos e olho para os direitos de TV. Me diga uma competição importante, onde você pode assistir futebol de graça? — questionou o comandante da entidade.

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Segurança dos EUA durante o Mundial

O Mundial de Clubes acontece nos Estados Unidos e é tópico nos sobre o controle imigratório no país, com jogos sendo realizados em Los Angeles, perto de locais de confrontos violentos entre manifestantes e agentes de imigração. Sobre a questão, Infantino garantiu que a segurança é prioridade e a Fifa está monitorando a situação junto às autoridades.

— A segurança, para mim e para nós, é sempre uma prioridade. Então, quando algo está acontecendo, como em Los Angeles, estamos obviamente monitorando a situação, estamos em contato constante com as autoridades e queremos que os torcedores assistam aos jogos em um ambiente seguro — declarou o presidente.

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Donald Trump e Gianni Infantino em evento para discutir a Copa do Mundo (Foto: Jim Watson/AFP)
Presidentes de Estados Unidos e Fifa, Donald Trump e Gianni Infantino em evento para discutir a Copa do Mundo e o Mundial de Clubes (Foto: Jim Watson/AFP)