Quando entrar na Neo Química Arena na noite desta terça-feira (10), Carlo Ancelotti terá como principal objetivo garantir a classificação do Brasil para a Copa do Mundo de 2026. Se conseguir, o treinador italiano começa a reescrever a própria história.
‘Ancelotti impõe autoridade sem ser autoritário’, elogia Rodrigo Caetano
Treinador mais vitorioso do futebol, Ancelotti também foi um reconhecido jogador, campeão por Roma e Milan. Mas que não conseguiu obter o mesmo sucesso na Copa do Mundo.
Em 1982, ele era o destaque da Roma e cotado para o elenco da Itália para a Copa do Mundo, mas uma lesão o tirou da competição, que acabou sendo vencida pelos italianos. No México, em 1986, enfim foi convocado, mas a Itália fez uma campanha decepcionante e foi eliminada nas oitavas de final pela França.
Quatro anos mais tarde, em casa, a Itália era a favorita para levantar a Copa do Mundo. O time, que tinha Ancelotti no elenco, sofreu apenas dois gols. Foi eliminado nos pênaltis pela Argentina na semifinal e teve de se contentar com o terceiro lugar.
Nos Estados Unidos, em 1994, Ancelotti, já aposentado, era assistente do técnico Arrigo Sacchi na seleção italiana. E uma nova frustração ao perder a final para o Brasil, nos pênaltis.
— Bem, obviamente, sim, é uma experiência única para mim, a primeira vez que sou treinador de uma seleção nacional. O que posso me lembrar das Copas do Mundo que disputei em 86, 90 e 94, é que foram experiências muito bonitas, espetaculares. Ficar um tempo todos juntos para tentar ter sucesso. Estivemos muito perto em 90 e em 94, e agora, oxalá, podemos ter sucesso em 2026 com o Brasil — projetou o italiano, antes da partida contra o Paraguai.
E o treinador italiano quer um time com controle de bola e agressivo no ataque. É certo que Raphinha volta ao time. A questão é se entra no ataque ou no meio de campo. Além dele, Richarlison deve sair da equipe. O jogador do Tottenham-ING não foi bem contra o Equador. Além de contribuir pouco ofensivamente, o camisa 9 não conseguiu segurar a bola no ataque, fazendo com que o Equador tivesse mais controle da partida. Assim, Matheus Cunha deve começar o jogo.
Com 22 pontos, o Brasil está na quarta posição das Eliminatórias. Para sair de São Paulo com a classificação para a Copa, porém, não basta apenas vencer o Paraguai. O Brasil ainda precisa que o Uruguai vença a Venezuela.
O Paraguai ocupa a terceira colocação com 24 pontos. Sob o comando do técnico argentino Gustavo Alfaro, a equipe vem de uma vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai.
— O Paraguai é uma equipe muito sólida e bem organizada, que tem qualidade individuais importantes. Teve boas atuações nas últimas partidas. O Raphinha no aspecto ofensivo nos dá uma mobilidade muito importante. Pode ser uma chave muito importante para desbloquear a partida de amanhã — analisou Ancelotti.
O Brasil deve ter: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro, Gerson e Bruno Guimarães; Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Jr.
Gustavo Alfaro deve mandar a campo um time com: Gatito Fernández; Cáceres, Gustavo Gómez, Alderete e Junior Alonso; Cubas, Gómez, Galarza e Almirón; Enciso e Sanabria.
